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Franquias de alimentação investem em tecnologia para delivery
O consumidor mais digital e conectado impõe um novo tipo de atendimento no segmento de alimentação. Para atendê-los, as redes tradicionais de franquia reinventam seus modelos de negócio e focam fortemente em tecnologia. De acordo com a 13ª Pesquisa Setorial ABF Food Service, 78% das marcas pesquisadas pretendem investir em tecnologias de serviços delivery em 2019 ante 66% no ano passado. Os pedidos online vêm a seguir, com 68% das projeções de investimento contra 53% no mesmo período.
O Grupo Trigo — dono das marcas Spoleto, Koni e Gurumê —, por exemplo, está desenvolvendo uma plataforma omnichannel (conceito que integra lojas físicas, virtuais e compradores), que inclui a implantação de um programa de fidelidade agressivo.
“Criamos uma área focada somente nesse desenvolvimento. Em novembro, lançamos a plataforma do Koni, e em janeiro, a do Spoleto”, disse o CEO do Grupo Trigo, Antonio Moreira Leite, lembrando que a venda através dos aplicativos corresponde atualmente a 20% do faturamento dos restaurantes.
O investimento nos próprios apps é a estratégia de algumas redes para não ficarem dependentes exclusivamente dos marketplaces — que no caso do setor de alimentação são plataformas como IFood e Rappi. A taxa de comissionamento, que chega a 12%, um índice alto para o setor de alimentação, é um dos motivos.
Não importa se marketplace ou aplicativo próprio. Para o presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), André Friedheim, todos os canais de distribuição são válidos.
“A grande vantagem do sistema de franquia é a capilaridade. E,com capilaridade, o custo final da entrega é menor porque a loja está próxima ao consumidor. Uma empresa que tenha uma única cozinha central acaba tendo uma limitação de raio de atendimento”, afirma.
Fonte: Abrasel